terça-feira, 19 de abril de 2011

Os Calvários da nossa vida.


Meus amigos refletia eu essa semana sobre o Calvário de Jesus, sua Paixão e morte e não conseguia imaginar como eu poderia chegar perto de tudo que o Nosso Deus viveu e sentiu, e que jamais qualquer um de nós seres humanos chegaríamos perto de tal experiência. Refleti melhor e é essa nova reflexão que quero partilhar com vocês, meus queridos irmãos e amigos. Jesus Cristo, Nosso Deus também era jovem e partindo daí comecei a comparar mesmo que analogicamente, afinal de contas ELE é Deus, assim meus irmãos enxerguei os meus “calvários” e creio que por meio dessa partilha vocês também encontrarão os seus.
Jesus sabendo do que estava por vir retirou-se com alguns dos seus discípulos para um lugar distante para rezar, ali tomado de profunda angústia orou pedindo ao Pai que se possível O livrasse daquele cálice (Mc. 14,35-36). Quantas vezes eu pedi, orei e chorei desesperadamente pedindo ao mesmo Pai que me afastasse de alguns males, quantas vezes senti medo, quantas vezes pensei em desistir, em voltar atrás, para não sentir dor, para não sofrer, ainda bem que Jesus é melhor do que eu...
E quanto me sinto abandonada, renegada, como Pedro fez com Jesus, e quantas vezes não sou eu que nego e que abandono, aos outros: amigos, familiares e ao próprio Deus, pois é, mais quando acontece comigo eu choro e me lamento, quando não coloco a culpa em Deus. E o julgamento? Quantas vezes fui julgada, mal julgada, condenada, acusada sem merecer, porém pior do que ser julgada e ser Pilatos e eu também o sou as vezes. Apontando os pecados dos outros, ou me omitindo quando posso ajudá-los.
Triste Calvário de Jesus! Grande peso dos meus pecados em sua cruz! Quantas cruzes eu carrego com esses pecados? Pecados meus, pecados de outros, pecados... eu O preguei na cruz, e as vezes nem me lembro disso, faço dessa semana só mais uma, contente apenas pelo feriado. Obrigada Jesus pelo seu amor e perdão por minha ingratidão!
No alto da cruz Jesus também gritou: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?” (Mc.15, 34). Eu, mesmo sem estar nem próxima a cruz, por qualquer coisa às vezes me desespero e digo a mesma frase, achando só porque minhas vontades não são atendidas instantaneamente Deus me abandonou. Sendo que é justamente misericórdia de mim. Quer prova de amor maior do que permitir a morte de seu único Filho por mim? Não pode haver, nem haverá.
E como se tudo isso já não fosse o bastante ainda me deu sua mãe, sua própria mãe. “Mulher eis aí o teu filho, filho, eis aí tua mãe.” (Jo. 26-27). Além de morrer por mim ainda me deixou sua mãe, e eu as vezes não cuido nem da minha, e ainda me esqueço da Dele. Que Deus imenso! Fez-se homem pra me ensinar a ser “homem” e o que eu muitas vezes mais pratico é o pecado, que é o que ELE nunca cometeu. Pelo contrário, diante de sua própria morte, do seu maior sofrimento ele ainda perdoou seus carrascos.
Senhor quero ser santa como Tu o és, ou chegar o mais perto disso que minha humanidade permitir. Ensina-me a aceitar os planos de Deus na minha vida, sem murmurações; ensina-me a fazer bons julgamentos e a me defender com a verdade e a honestidade; ensina-me a amar, a carregar minhas próprias cruzes e a aliviar a peso das cruzes dos outros; que eu sempre reconheça a presença de Deus na minha vida, e a presença de Maria também, assim como a valorizar a minha família e aos meus amigos.
Meus queridos amigos encontrem seus calvários com o de Cristo, ore e vigie sua vida essa semana, que essa seja a sua Santa Semana. Viva a maior paixão da sua vida, fique próximo a Jesus por que ELE está ao seu lado.
Ozileide Matos


Um comentário:

  1. Meu Deus, como esses meus amigos estão inspirados. Ozi, excelentes reflexões e muito obrigado por partilhá-las conosco. Beijo e continue firme e forte diante dos seus calvários.

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